Entrevista de Washington Fraga ao Jornal Tribuna do Planalto, concedida no dia 10 de julho.
Com uma postura combativa,
o candidato do PSOL, Washington Fraga,
aposta na militância da esquerda
Com uma postura combativa,
o candidato do PSOL, Washington Fraga,
aposta na militância da esquerda
Péricles Carvalho
Estagiária Convênio Tribuna/UFG
No último dia 6, o PSOL registrou candidatura própria, e formalizou o nome de Washington Fraga para concorrer ao governo do Estado. Apoiado por Elias Vaz, que é candidato ao Senado, Washington Fraga era o nome mais cogitado pelo PSOL desde o início do ano. “O PSOL é um partido de esquerda e tem tradição de lançar seus candidatos. Então eu coloquei o meu nome que foi aprovado por unanimidade”, afirma Fraga, que é funcionário da Saneago há mais de 20 anos e líder sindical atuante.
Estagiária Convênio Tribuna/UFG
No último dia 6, o PSOL registrou candidatura própria, e formalizou o nome de Washington Fraga para concorrer ao governo do Estado. Apoiado por Elias Vaz, que é candidato ao Senado, Washington Fraga era o nome mais cogitado pelo PSOL desde o início do ano. “O PSOL é um partido de esquerda e tem tradição de lançar seus candidatos. Então eu coloquei o meu nome que foi aprovado por unanimidade”, afirma Fraga, que é funcionário da Saneago há mais de 20 anos e líder sindical atuante.
O candidato aposta no trabalho de formiguinha para angariar votos nesta eleição. “Nossa história está ligada aos movimentos sociais, e nós apostamos na nossa militância” ressaltou o candidato a respeito da principal estratégia de campanha, que é a mobilização dos grupos de luta sindical e movimentos sociais. De acordo com ele, a chapa entitulada “Goiás pra você, não pra Eles” tem como principal objetivo combater a elite que é representada pelos outros candidatos ao governo de Goiás.
Com propostas que visam fomentar o pequeno produtor e acabar com o que chama de “elite agroindustrial”, Washington Fraga diz que a prática política dos outros candidatos são inteiramente voltadas para os interesses próprios. Para ele, a situação financeira da Celg é um exemplo de como a política foi mal conduzida no Estado ao longo de quase três décadas. “Durante os últimos 28 anos, os poderosos do agronegócio tiveram seu tempo de mandar. Cegou a nossa vez, temos agora que levar benefícios pra quem realmente precisa”, afirma Fraga. Na última quarta, 7, Washington Fraga respondeu a questões sobre suas propostas apresentadas ao TRE e o trabalho do partido para as eleições.
Tribuna do Planalto: O senhor sempre coloca que os outros candidatos ao governo do Estado são iguais em suas práticas políticas.
O que a candidatura do PSOL vai trazer de diferente para o debate político?
Washington Fraga - Quando a gente coloca que eles são iguais, falamos que eles utilizam as mesmas práticas, através da criação de cargos comissionados, utilização das empresas públicas para benefício próprio, como é o caso da Saneago e da Celg. Tanto é que está comprovado que a Celg está nessa quebradeira de 6 bilhões de reais por causa das práticas desses governos todos, uns com maior e outros com menor responsabilidade. Então, nós somos diferentes porque não vamos quebrar empresas como eles quebraram o BEG, a Caixego, e nem vender bens públicos, como eles que venderam a Cachoeira Dourada. Nós estamos assistindo agora uma proposta liderada pelo prefeito de Aparecida de Goiânia de privatização da Saneago. Então, o PSOL quer é resgatar o que é do povo para servir ao povo, e não servir aos grandes latifundiários, empreiteiros às grandes construtoras do Estado.
“ Quando falamos que somos de esquerda, nós acreditamos que é possível construir um socialismo”
Tribuna do Planalto: O senhor sempre coloca que os outros candidatos ao governo do Estado são iguais em suas práticas políticas.
O que a candidatura do PSOL vai trazer de diferente para o debate político?
Washington Fraga - Quando a gente coloca que eles são iguais, falamos que eles utilizam as mesmas práticas, através da criação de cargos comissionados, utilização das empresas públicas para benefício próprio, como é o caso da Saneago e da Celg. Tanto é que está comprovado que a Celg está nessa quebradeira de 6 bilhões de reais por causa das práticas desses governos todos, uns com maior e outros com menor responsabilidade. Então, nós somos diferentes porque não vamos quebrar empresas como eles quebraram o BEG, a Caixego, e nem vender bens públicos, como eles que venderam a Cachoeira Dourada. Nós estamos assistindo agora uma proposta liderada pelo prefeito de Aparecida de Goiânia de privatização da Saneago. Então, o PSOL quer é resgatar o que é do povo para servir ao povo, e não servir aos grandes latifundiários, empreiteiros às grandes construtoras do Estado.
“ Quando falamos que somos de esquerda, nós acreditamos que é possível construir um socialismo”
Em linhas gerais, quais foram as principais propostas do plano de governo apresentadas no ato de registro da candidatura no TRE?
Nós colocamos três pontos, que serão complementados. Mas são pontos fundamentais, como a educação, a recuperação do patrimônio público que os governos anteriores quebraram e sucatearam, trabalhar na área da saúde e na segurança pública. O fundamental é recuperar a alto-estima da população goiana.
Como foi a escolha do seu nome para concorrer ao governo do Estado?
O PSOL e o PSTU são diferentes dos partidos de direita em Goiás, pois não tem dono, não pertence a mim, ou ao Martiniano, ou ao Elias Vaz. Nossa candidatura é uma maneira de expressar que temos quadro suficiente para concorrer. Quando falamos que somos de esquerda, nós acreditamos que é possível construir um socialismo, e nossa proposta é diferente, é libertária. Nós pensamos uma sociedade totalmente diferente do que os outros partidos pensam.
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